2 de jan. de 2011

2011 - Perspectivas

Em 2011, o país enfrenta desafios como qualificar trabalhadores, incluir deficientes e jovens no mercado de trabalho e melhorar a gestão da Previdência Social

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
O Plano Nacional de Educação 2011-2020, que define as metas do Brasil para os próximos anos, prevê a duplicação das matrículas na educação profissional técnica.
O plano também prevê aumento do investimento do país na educação para 7% do PIB (atualmente são 5%). A partir 2011, passa a valer o projeto que destina 50% do fundo social originado com a produção de petróleo do pré-sal para a educação, destaca o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique. Não existe, porém, data certa para o início da exploração.
A criação do Ministério das Micro e Pequenas Empresas, promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff, servirá para qualificar trabalhadores, com foco na formação da mão de obra e no incentivo à inovação, avalia Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

INCLUSÃO DE DEFICIENTES
Números apresentados pela secretária da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, Linamara Battistella, em dezembro de 2010, mostram que, em 2007, 348.818 pessoas com deficiência trabalhavam em empresas no Brasil. Em 2009, houve queda de 17%, para 288.593.
Segundo Enilson Moraes, presidente da ABPCD (Associação Brasileira da Pessoa com Deficiência), o desemprego acontece porque os empresários querem trabalhadores com deficiências mínimas e já qualificados. Para ele, o empresariado deveria qualificá-los.
A saída que propõe para isso é a flexibilização da Lei do Aprendiz, permitindo às empresas que empreguem pessoas com deficiência como aprendizes, "cumprindo suas cotas, gastando menos e qualificando-os". "Isso começou a acontecer no segundo semestre de 2010, mas deve aumentar significativamente em 2011."