24 de jan. de 2011

Mandarim será requisito de 42% das empresas dos EUA até 2020






De acordo com a Câmara Brasil China de Desenvolvimento Econômico (CBCDE), a estimativa é de que, em 2010, o comércio com os chineses tenha alcançado a marca dos 50 bilhões de dólares.

Nesse cenário, as oportunidades para profissionais que tenham domínio sobre o mandarim extrapolam os limites dos bancos de investimento ou empresas ligadas ao comércio internacional. De acordo com Bacetti, setores do entorno, como escritórios de advocacia internacional e até agências de propaganda, vão começar a procurar pessoas com esse perfil.

Aprendizado
No entanto, essa crescente importância do mandarim para os negócios globais não é suficiente para motivar os ocidentais a encarar a aprendizagem da língua. Dos 518 profissionais que participaram da pesquisa da University of Phoenix Research Institute, 80% admitiam que não gostariam de aprender o idioma.

Isso é facilmente explicado pelas características do idioma oficial da China. Primeiro, o mandarim não é elaborado com base em um alfabeto convencional, mas sim em 60 mil ideogramas que representam conceitos. “A pessoa deve fazer uma associação de ideias e não de letras”, diz Chen Hsiu Li, professora do colégio Sidarta, de São Paulo, que oferece aulas de mandarim na grade de matérias obrigatórias dos ensino fundamental e médio.

Os diferentes tons do idioma também podem fazer muitos ocidentais tropeçar. “Se você confunde a entonação, muda todo o significado da palavra”, diz a professora. E também não vale ter “letra feia”. De acordo com a especialista, basta um traço diferente na caligrafia do ideograma para que a palavra perca todo o seu sentido.

Cláudia Siqueira, diretora do colégio ameniza a situação. “Existe uma complexidade do idioma para a própria comunidade chinesa. Na vida comum de um chinês, ele também esbarra com essas questões”, diz.